Nem sei como cheguei até aqui… Minhas pernas estão trêmulas, o coração acelerado. Acho que poderia até desmaiar. Reúno minhas forças e toco o interfone. O portão se abre, e eu estou paralisada. Quero sair correndo, mas minha curiosidade é mais forte e dou o primeiro passo para dentro do corredor que leva à sala de espera.
O consultório está completamente vazio. Sem pacientes, sem recepcionista. A sala de espera possui algumas cadeiras com assento e encosto plástico e um belo quadro na parede. Tento reduzir minha ansiedade e deixo minha mente fluir através do desenho do belo quadro. O lugar é silencioso, em uma rua pouco movimentada de um bairro nobre. A casa é datada da década de 60, muito grande e bem conservada.