Prazer e romance na despedida – Parte 1

Olá a todos, já faz um tempo que postei um conto relatando um pouco do que aconteceu quando a empresa que eu trabalhava me enviou para outra cidade a fim de implantar um projeto, da namoradinha que tive por lá e da minha luta para ter uma noite de amor com ela, acho que fiquei devendo para vocês o fim dessa viagem então vamos a ele.
Inicialmente o prazo para que eu ficasse fora eram seis meses, porém por adiantamentos e mudanças no projeto esse tempo diminuiu para três meses, eu estava me dando muito bem com a Marcela, mais ainda depois de nossa primeira transa, sempre fui sincero com ela sobre a minha partida, mas agora o tempo era curto e uma decisão tinha que ser tomada, faltava uma semana para que eu voltasse a SP, a empresa já tinha combinado tudo comigo com os outros funcionários, e o pessoal da logística acertado tudo com o pessoal do hotel e dos carros alugados, então marquei um almoço com a Marcela para conversarmos.


Fui buscá-la na academia na minha hora de almoço e a levei para um restaurante que tinha uma vista parar uma das praias próximas e depois de conversar algumas futilidades cheguei ao assunto principal.

-Bom, por mais sem graça que eu esteja, semana que vem estou indo embora, sei que você nunca gostou de falar sobre isso, mas é uma realidade que temos que encarar, gosto muito de você e queria saber o que você acha sobre mim.
Ela ficou olhando pela janela por um tempo, com um olhar mirando o nada e respondeu:
-Também gosto muito de você nego, mas tenho minha vida aqui, você tem a sua lá, não vou ser egoísta e fazer cobrança para que você fique.
Ela disse isso com os olhos meio mareados e eu respondi:
-Não quer considerar vir comigo?
-Como eu já disse, você tem sua vida lá e eu a minha aqui, não da pra arriscar, tenho a minha faculdade, não sei se ia me adaptar e além do mais…
-Além do mais? Eu perguntei enquanto uma lagrima fina caia dos seus olhos.
– Sempre fomos francos um com o outro certo? Você tem me feito muito bem, mas é um sacrifício muito grande, se você for parar pra pensar a gente se conhece há pouco tempo, não estou dizendo que você não valha a pena ou algo assim, mas seria loucura demais da minha parte largar tudo por você;
De certa forma me afetou ter ouvido aquilo, mas aceitei o que ela disse, mesmo que no início minhas intenções com elas fossem só sexuais de certa forma eu me apeguei e também não tinha como não entender o lado dela.
-Essa semana vai ser difícil por que vou ter que aceitar os detalhes finais do projeto e da minha volto, mas se não fosse egoísmo demais gostaria de pedir pra ficar comigo até que eu fosse embora. Disse isso enquanto segurava sua mão.
Ela sorriu e disse:
-Mas já achou que ia se livrar de mim? Vou ficar com você até o final.
Nos olhamos nos olhos sorrindo mas com olhares tristes e nos beijamos, um beijo comportado mas deliciosa.
-Já que você vai embora temos que se despedir com grande estilo.
Como?
-Que tal uma última festinha no sábado, você só vai segunda bem cedo não é?
-Por mim tudo bem, não sou de negar festas.
E assim minha última semana lá passou, acertei tudo com a empresa a qual tinha contratado o projeto, entreguei o carro, peguei as passagens e no sábado já estava em liberdade.
À noite me arrumei pro meu último encontro com meu amor repentino e por volta das 23hrs ela passou no hotel com o carro do seu pai e me pegou, nos cumprimentamos com um beijo e logo tratei de entrar no carro, ela estava linda, com um vestido preto de que era preso a seu corpo por um laço atrás do pescoço e com argolas brilhantes em suas orelhas, e com seu belo sorriso me levando a loucura.
-Linda desse jeito, você me convence a largar tudo e ficar aqui.
Ela sorriu e fomos a um barzinho aonde sempre íamos.
Lá chegando me surpreendi, a pessoas que havia conhecido nesse pouco espaço de tempo estavam todas lá, e depois de algumas horas até meus colegas de trabalho que também iriam embora apareceram, bebemos, dançamos, curtimos bastante até as altas da madruga, então der repente a Marcela chegou mais perto e sussurrou no meu ouvido:
-Talvez seja a nossa hora.
O tom de voz dela era estranho, e nessa altura do campeonato eu não queria fazer nada que a deixasse chateada.
-Sim, podermos ir sim.
Passei um tempo me despedindo de todos que não iria mais ver e fiz promessas de voltar lá assim que possível, depois disso eu e meu par entramos no Vectra prata e saímos pela cidade, conversamos sobre a noite, sobre as pessoas, sobre nós e sobre tudo que tinha acontecido no nosso tempo junto.
-Soa meio brega linda, mas eu não queria que terminasse assim.
Ela sorriu meiga e simpática como sempre e disse:
-Calma nego ainda não acabou, tem a surpresinha final.
Tem?
A frase dela criou em mim uma sensação de que algo muito bom estava para acontecer, e realmente estava.
Ela dirigiu até a praia onde tínhamos almoçado naquela semana e disse que a surpresa estava para começar.
-Mas você ainda não vai poder ver então tira os tênis e amarra isso nos olhos.
Ela me esticou um pedaço de pano preto eu coloquei e após isso ela apertou bem o nó.
-Rss só pra ver se está bem firme.
Após isso só escutei o barulho da porta malas abrindo e depois fechando e sentindo a mão dela pegando a minha e me guiando.
Sentia a areia da praia em meus pés e ouvia o barulho das ondas um pouco distante.
-Só mais um pouquinho de caminhada rss.
Sua risadinha parecia bem alegre, e isso me deixava animado.
-Chegamos, agora espera um tempinho ai lindo.
Fiquei um tempo em pé sem entender nada, depois comecei a sentir um aroma que muito me agradava.

-Pronto, pode tirar a venda do olho.
Fiz isso e me impressionei com o que eu vi, estávamos na praia perto de alguns coqueiros, ela tinha esticado um cobertor na areia e ao redor dele colocou algumas velas aromáticas, ela estava sentada no meio dele e ao seu lado uma cesta com algumas coisas e uma garrafa de vinho e duas taças.
-Fiz pra você lindo.
Fiquei impressionado, mal conseguia falar, minha única atitude foi sentar ao seu lado e passar a mão suavemente no seu rosto e beijá-la com todo o carinho que eu tinha.
Ficamos abraçados, nos olhando, comendo uvas dadas na boca pelo outro, nos beijando e acariciando.
-Sabe, jamais pensei que um dia alguém fosse fazer isso por mim.
-Você merece paulistinha bobo.
Ela me deu mais um beijo e abrimos o vinho, enchemos as taças e brindamos.
-A nós?
-E a tudo de bom que passamos, e quem sabe ainda possamos passar.
Nos deliciamos no vinho, sem tirar os olhos um do outro, mas em meio a toda aquela situação, todo aquele cenário paradisíaco lindo, aquela deusa morena na minha frente, eu já não agüentava mais de tanto tesão.

Continua…

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