Entre uma bebida e outra, meu olhar encontrava o dele. Por mais que eu conseguisse controlar o sorriso bobo que aparecia em meu rosto nesse momento, não conseguia mais negar o crescente desejo em mim. A cada gole que eu tomava, percebia meu controle saindo do meu corpo, só conseguia me imaginar saindo com ele daquele lugar, mas nunca aconteceria.
Não era possível acontecer, entende? Éramos colegas, nada mais, eu estava criando toda aquela tensão na minha cabeça apenas. Ele é legal, atencioso, mas é só. Os olhares? Nada demais, acontece, afinal estávamos todos na mesma sala, curtindo a mesma festa. Mas eu podia jurar que sentia ele tirando a minha roupa só com aquele jeito que o olho dele corria por mim.
Foram mais um, dois, três drinks. Eu já estava fora de mim. Aliás, estávamos todos dessa forma aquela altura. O álcool e a agitação da festa foram subindo minha cabeça, eu já não conseguia mais controlar meu desejo, estava sentindo minha calcinha encharcada, eu queria tanto aquele homem comigo, se ele ao menos tentasse, se ele me desse abertura, talvez.
E foi assim que eu o vi, sorrindo na minha frente. Entre tantos devaneios nem percebi ele se aproximando. Ele falou alguma coisa, não sei se pelo barulho alto, as bebidas a mais, o desejo daquele corpo no meu, mas não ouvia uma palavra do que saía daquela boca. Movida mais pelo desejo que pela razão me aproximei e encostei minha boca em sua orelha “o que você disse mesmo?”. Parecia que ele sabia o que estava na minha cabeça, o jeito que ele me olhava, será que era coisa da minha cabeça? Senti sua mão no meu ombro, seus dedos escorrendo nos meus braços, pegando levemente nos meus. De repente, sinto ele me puxando, o que estava acontecendo? O que ele queria? Pra onde estávamos indo?
Olhei para trás como quem confere quem fica pra trás, ninguém estava prestando atenção na gente, cada um mais agitado e entretido em suas próprias conversas.
Ele me puxa pelo braço, me forçando virar pra ele. Sinto escorrendo entre minhas pernas. Olho pra ele. Sinto seu braço me puxando pra perto e me beijando. É que beijo.
A gente se puxava e não queria se largar, era um colocando o outro contra a parede, se esfregando, sentindo o tesão e a adrenalina. Não devíamos estar fazendo aquilo ali, nós dois sabíamos disso. Mais ninguém poderia saber. E parecia que isso só aumentava nossa vontade de viver cada segundo daquele momento.
Em um ímpeto, com certeza gerado por todo aquele momento, puxei ele para o banheiro a poucos passos da gente. Entrei, puxei ele pra dentro e fechei a porta. Ele sorriu. Eu ia falar qualquer coisa, mas antes que eu pudesse, senti ele me puxando pra parede e me beijando de novo.
Entre beijos e amassos foi rápido até eu sentir a mão dele dentro da minha calcinha. Meu vestido facilitava as coisas, é aquele banheiro parecia que tinha sido preparado só para aquele momento. Foi quando ele me levantou e me sentou na beirada da pia, com habilidade tirou minha calcinha. Eu o sentia chupando minha boceta e assim como quem está no deserto e acha água potável, eu era seu oásis . Eu mal podia esperar pelo seu pau em mim, era tudo em que eu conseguia pensar, é mais uma vez ele leu minha mente.
Mais rápido do que eu poderia imaginar ele já tinha abaixado sua calça e cueca, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa eu senti ele entrando em mim. Que delícia aquele pau gostoso entrando devagarzinho, enquanto ele respirava forte no meu pescoço e demonstrava que estava a tanto tempo esperando isso acontecer, como eu.
Ele me puxou um pouco mais pra perto, senti seu braço me envolvendo, passando pro meu corpo, sua mão na minha nuca. A outra mão na minha cintura, me mantendo firme. Foi quando ele sussurrou no meu ouvido “eu esperei muito pra fazer isso aqui assim”, senti seus dedos fechando e puxando meu cabelo, me fazendo inclinar meu corpo para trás. Seu braço envolveu minha cintura e ele passou a colocar cada vez com mais força, mais rápido e fundo em mim.
Eu tentava controlar meus gemidos, mas hora ou outra eles escapavam de mim. Ele sabia que estava fazendo exatamente o que eu queria ali. Então ele me tirou de cima da pia, me forçando a ficar novamente de pé no chão e me virou de costas “agora você é a minha putinha e eu vou te comer do jeito que EU quiser, se você quiser outra coisa vai ter que me pedir por favor.”
Eu fiz que sim com a cabeça. Com mais tesão que nunca. Ele me segurava pela cintura e me puxava, eu sentia seu pau todo dentro de mim, minhas pernas todas molhadas e eu perdendo minhas forças. Juntei com esforço toda garra que tinha no meu corpo, consegui virar pra ele e pedir pra ele sentar. Ele se sentou no puf que tinha no banheiro e eu sentei por cima dele, bem devagar, sentindo ele entrando em mim, nossa respiração pesando junto.
Não podíamos ficar muito mais ali, precisávamos voltar antes que dessem falta da gente. A vontade de voltar já crescia dentro da gente antes mesmo de nos separarmos e, mesmo contra a nossa vontade e juízo, foi a sentada mais romântica que já tivemos. Meu corpo grudava no dele enquanto eu movimentava minha cintura e sentia todo tesao que ele estava. Ele passava a mão pelas minhas costas, me puxando mais pra perto ainda, beijava meu pescoço e me olhava como querem queria eternizar a cena. E era assim que parecia pra mim, que morávamos naquele momento. Gozamos juntos, como se fôssemos um só.
Levantamos, nos ajeitamos e sorrimos um pro outro enquanto disfarçávamos o que tinha acabado de acontecer. Trocamos um sorriso de cúmplices e ele me deu um último beijo antes de sair do banheiro, me deixando pra trás pra conseguir me recompor melhor.
Eu me olhei no espelho, revivendo cada segundo do momento que tinha acabado de acontecer, me sentia realizada. Não queria mais voltar pra nenhum outro ambiente.
Abri a porta e voltei pra festa, tudo normal, cada um envolvido no seu mundo, e eu voltei pro meu também. Mas agora com o desejo ainda mais aguçado e pensando em quantas outras formas eu queria que aquele momento acontecesse de novo. Me restava só imaginar e esperar.