Eu sou o Fabiano, tenho vinte e seis anos, um metro e setenta e uma boa aparência. Porém quando me encarava no espelho e via a barriga cada vez mais saliente eu ficava incomodado.
Temendo ficar igual ao meu primo Juca, que com trinta e três já tem uma pança de causar inveja em muita grávida de nove meses, reduzi drasticamente a cerveja e me inscrevi em uma academia de musculação.
E foi lá que eu conheci a Marinalva, viúva, loira, cinquenta anos, mas que conservava os seios firmes e uma bundinha deliciosamente arrebitada.
Conversa vai, conversa vem, eu indaguei como ela se mantinha tão saudável e sempre esbelta. Aliás, esbelta aqui é um eufemismo, aposto que na praia, usando um biquíni atolado no cu, a Marinalva deixaria as ninfetas ao redor parecendo uma horda dos infernos.
– Ah, eu nunca tive filhos e frituras não entram no meu cardápio. É assim que eu me cuido, mas ainda tem mais um segredinho… – Ela respondeu sorridente enquanto pedalava a bicicleta ergométrica.
Eu, com a intenção de não deixar o papo morrer, questionei que segredo é esse tão especial.
– Aparece no meu apê hoje às onze horas da noite. – Ela disse exalando safadeza na sua voz. Meu pau prontamente já apontou para a constelação de Órion.
Uma médica como Marinalva até que tinha um apartamento modesto. Nada de móveis importados e nem uma daqueles TVs que só faltam trazer o café da manhã para você.
Eu mal cheguei no apartamento e ela me empurrou no sofá. Marinalva ficou peladinha, revelando uma bunda que parecia ter tantas celulites quanto Marte tem florestas.
Ela abocanhou o meu pau e, num sobe desce com os seus lábios, me proporcionou uma das melhores chupadas da minha vida.
Não demorou muito e a Mari ficou de quatro balançando aquela rabiola hipnotizante. Eu enfiei por trás. No início as estocadas foram lentas e aos poucos aumentei o ritmo. Quanto mais ela gemia, mais eu acelerava.
– Goza essa porra na minha boca, safado. – Eu obedeci conduzindo o meu pau até os lábios dela. Ela esfregou o rosto na minha jeba, que jorrava um leitinho que Marinalva não fez questão de desperdiçar.
Depois nos abraçamos exaustos, conversamos por mais alguns minutos até que eu fiquei curioso em relação a algumas fotos sobre a estante ao lado do notebook. Havia ali fotos de rapazes, e até de algumas moças.
Eu perguntei quem eram aquelas pessoas. Marinalva respondeu que elas foram as fontes de proteínas para ela. Eu ri, cada vez mais convencido que, além de ter um corpo escultural, aquela mulher tinha um bom humor. Porém ela me encarou com seriedade.
– É verdade, não há nada melhor para conservar a juventude do que sugar as entranhas de gente jovem.
Em seguida a Mari abriu a boca e libertou do fundo da garganta uma coisa verde, cilíndrica e pegajosa. A coisa tinha dentes. Caso eu não tivesse segurado aquela coisa nojenta como quem segura uma serpente pelo pescoço, eu veria metade do meu ser dilacerado.
Eu implorei para Marinalva parar com aquilo, mas a coroa gostosa de bunda arrebitada que eu conheci na academia não estava ali. Ela acabara de se transformar em um monstrengo verde, de olhos amarelos, orelhas pontudas e pele gosmenta. E eu que pensava não existir nada mais horrendo que a minha tinha Zuleika tomando banho de sol…
Mas enfim, arranquei aquela coisa dentuça que saiu da boca dela e joguei no chão.
A monstrenga pulou de dor e raiva. Ela tentou me atacar e eu acertei a cabeça dela com um vaso. Ela caiu no chão despejando um sangue arroxado. Se estava viva ou morta eu não fiquei para saber. Eu vesti a minha roupa de qualquer jeito e pulei da janela do segundo andar em um contêiner de lixo na calçada.
Caí de mau jeito sobre um gato, sobre restos de repolho e pizza velha. Em seguida saí correndo pela madrugada silenciosa e deserta. Eu estava todo fedido, era verdade, porém inteiro.
No dia seguinte li com atenção nas páginas policiais a notícia de que a médica pediatra Marinalva Andrada estava desaparecida. No apartamento dela foi encontrado apenas um monstro morto
“E o bicho era feio que nem acidente de trânsito”, ainda completou a reportagem sensacionalista.