Há tempos não escrevo aqui… tanta coisa aconteceu comigo nesses últimos anos… Algumas acredito que possam render contos. Primeiro, num lance meio inesperado, fui morar na Europa. Inicialmente Lisboa, depois Madrid. Lá, acabei conhecendo o Jonas, brasileiro, que fazia um doutorado na Espanha. Namoramos, a coisa ficou séria e, quando chegou a hora dele retornar para o Brasil, me pediu em casamento. Assim, em 2019, viemos morar em Campinas, onde ele leciona.
Até nos instalarmos, ficamos com sua família. O pai, um auditor da Receita Federal aposentado e a mãe professora universitária, como Jonas. A outra “integrante” da família era Luzia, a empregada que estava com eles há anos. De chegada, notei uma certa animosidade dela em relação a mim e, prestando atenção nos olhares que trocava com meu noivo, logo vi que havia algo entre os dois.
Luzia era uma negra clara de trinta anos – ou seja, alguns a mais que Jonas, o que me fez pensar que era um daqueles casos de jovem que perde a virgindade com a empregada da família. Seu corpo era simplesmente sensacional. Esguia, de seios pequenos, mas durinhos, uma bunda de deixar qualquer mulher com inveja… parecia passista de escola de samba. Não usava uniforme e adorava vestidos curtos ou justos (às vezes, ambos), que deixavam seus atributos em evidência. Tinha inegável sensualidade no seu jeito de se mover e falar, mas não era vulgar.
Não me faltava com o respeito, contudo deixava claro que não me engolia. Após alguns dias, quando finalmente ficamos sozinhas, falei com ela de forma direta, ao meu estilo:
– Você não gosta de mim porque vou casar com o Jonas, Luzia?
Me olhou com raiva mal disfarçada, nariz empinado, desdenhou. Um meio sorriso irônico…
— Nada contra a “senhora”… – falou, sarcástica, depois de um breve silêncio – A “senhora” fisgou o peixe, né? Tá no seu direito…
Por mais que ela se esforçasse, não conseguia ficar com raiva dela. Meu noivo havia me prevenido, cheio de dedos, que Luzia era “maniática” e que eu não devia levá-la a sério. Mas ela não me incomodava… pelo contrário, sentia que a “intrusa” era eu… me sentia em dívida com ela.
– Luzia, eu não sei qual o seu lance com o Jonas, mas quero que você saiba que eu não atrapalho… se vocês dois querem, não sou eu quem vai impedir…
Pela primeira vez, Luzia me olhou nos olhos. Estava surpresa, querendo entender. Ela tinha se preparado para a guerra e não sabia lidar com meu tom amistoso.
– A senhora tá confundindo as coisas. Eu sou casada! Não tenho nada com o garoto…
Tive que rir da palavra “garoto” para um cara de 26 anos…
– Tudo bem, Luzia, só queria lhe dizer que não tem motivos pra ter raiva de mim… eu não sou ciumenta. Se vocês têm um lance ou não, é com vocês…
Ela estava perplexa, ainda imaginando se era uma armadilha.
– A senhora não tem ciúme? – perguntou, agora sem sarcasmo ao pronunciar “senhora”.
– Não acredito em exclusividade… é contra a natureza! E não precisa me chamar de senhora. Aline está bom.
A partir daquele dia, a animosidade de Luzia deu lugar à curiosidade. A pegava me observando. Às vezes, tomava coragem e me perguntava algo. Tentava me “interpretar”…
Cerca de dois meses depois, nos mudamos para casa própria. Após a mudança, minha sogra, de boa fé, “ofereceu” a Luzia para me ajudar com a bagunça. Não recusei, para espanto do meu noivo.
No primeiro dia de Luzia, antes de sair para a Universidade, Jonas resolveu falar comigo. Tinha medo que eu descobrisse de outra forma e entendesse errado. Explicou que, na adolescência, teve um breve relacionamento com a empregada; tudo tinha acabado, porém não sabia o quanto ela ainda nutria expectativas. Respondi sorrindo que já sabia disso e que não era mais problema. Ele foi ainda mais espantado para o trabalho.
Agora, trabalhando lado-a-lado com Luzia, pude prestar mais atenção na morena. Dava pra entender a atração exercera sobre meu noivo. Se, aos trinta, era esse mulherão, como seria aos vinte? Até o cheiro do seu corpo suado era gostoso. A pele lisinha, elástica… os músculos firmes, nada balançava no seu corpo. Os seios durinhos, com os biquinhos apontando para o alto, aparentes sob o tecido branco do vestido.
Ela já não tinha raiva de mim, mas estava pouco à vontade. Acho que meu olhar insistente a incomodava, porém, sentia que ela fazia o mesmo quando eu não estava vendo. O silêncio parecia uma parede entre nós, então resolvi pô-la a baixo:
– Então… cê tirou o cabaço do Jonas?
Me olhou surpresa por um segundo, depois mudou sua expressão. Entendeu que era papo de mulher pra mulher. Respondeu dengosa, bem safada:
– É… Ele espichava o olho pra mim, mas não tinha coragem de vir no meu quarto, então fui no dele… iniciei o menino…
– Cê já era casada?
– Não… nessa época, eu tinha 20… casei com 25… meu nego não vê as coisas como você… ele leva a sério essa coisa de exclusividade… – riu, depois me olhou firme e perguntou: – Vem cá… o Jonas sabe que você tem esse pensamento assim… “aberto”…
– Nunca falamos nisso… mas, desde que to com ele, ainda não senti falta de outro macho.
Não consegui evitar de dar duplo sentido pra frase. Luzia quase perguntou “e de fêmea?”, mas ficou quieta, sorrindo. Seguiu trabalhando, dessa vez sem se incomodar com meus olhares. Fez questão de se mostrar bastante. Abaixou-se para ajeitar algo sob a mesa, deixando a bunda empinada. A saia curta, exibindo a calcinha que, já úmida, deixava ver sua bucetinha. Levantou-se e olhou safada, rindo da minha cara.
Eu estava excitada e não queria esconder… Luzia me despertava um tesão doido, mas eu tinha dúvidas se ela curtia. Me aproximei e limpei uma gota de suor que descia o seu decote com a ponta do dedo… ela seguia sorrindo, olhar sacana.
– Gosta de mulher? – perguntou na lata.
Eu apenas ri e colei minha boca nos seus lábios. Retribuiu o beijo e pegamos fogo. Eu queria sentir o corpo dela no meu… começamos a nos agarrar no sofá, mas logo estávamos no chão, arrancando nossas roupas, lambendo nossos corpos, misturando nossos cheiros. Como todo seu corpo, sua bucetinha era firme, apertadinha, mas aceitou direitinho dois dedos meus, que a penetravam, enquanto massageava o clitóris com o polegar e chupava seus biquinhos duros. Ela nunca tinha ficado com mulher, mas se guiava por instinto… o jeito que me tocava era muito bom… não era suave, mas também não era bruto. A certa altura, me vi deitada no chão, com a perna sobre seu ombro… a língua esperta passeou na virilha e encontrou minha xana… era inexperiente, mas chupava com vontade… eu já estava toda lambuzada de prazer, quando um dedo afoito se introduziu no meu cuzinho e não aguentei… gozei gritando.
Luzia ainda não tinha chegado ao orgasmo, então fiz questão de continuar. Só em sentir o cheiro da sua buceta, fiquei excitada novamente e dei a melhor chupada que ela já recebeu na vida… logo estava apertando minha cabeça entre suas coxas fortes e gozando na minha cara.
Depois de alguns minutos extenuadas no chão da sala, ela me olhou e disse:
– Nunca imaginei que mulher fosse tão bom!
– Cê tava perdendo tempo!
– Não conta nada pro Jonas, tá bom? Sei lá como ele pode reagir e se meu marido fica sabendo de algo assim, me mata…
Eu ri da preocupação dela.
– Mata nada… e ele ia perder uma mulher como você?
Ela riu também e fomos tomar banho juntas, onde aproveitamos para dar mais prazer uma a outra. Continuou “trabalhando” na nossa casa e, nas tardes que passávamos sozinhas, aproveitávamos nossos corpos ao máximo.
Mas o diabo do marido dela era mesmo ciumento e começou a desconfiar. Sua suspeita era de que Luzia estava trepando com o Jonas… deu pra ficar emburrado, segui-la… era questão de tempo pra uma merda acontecer. Por fim, a pôs contra a parede e fez parar de trabalhar na minha casa. Não me imaginava sem ela naqueles dias longos. Tinha que haver uma solução. Era hora de conversar com o “negão” da Luzia…