Depois de enviuvar, por razões financeiras, fui forçada a trabalhar como garota de programa. Quem leu meu primeiro relato, sabe como tudo começou. Para quem não leu, recomendo a leitura do conto ¨Puta sofre, mas…goza!¨.
No prédio onde moro, bairro do Alto da XV, não tenho muitas amizades. Conheço quase todos, superficialmente, assim de trocar cumprimentos. Alguns homens tentaram uma aproximação, porém, na vida privada, procuro manter as aparências.
A única que posso chamar de amiga é a Carla. O marido dela, Rubens é que era amigo do meu marido. Sou grata a eles pela força que deram na época. Ultimamente, a Carla é que se aproximou mais, a ponto dos meus filhos a chamarem de ¨Tia Carla¨.